terça-feira, 30 de agosto de 2011

Outros Modelos em EAD

Outros Modelos em EADOutras universidades, principalmente públicas, como a Federal do Paraná, a UDESC – Universidade Estadual de Santa Catarina, a como a Federal de Alagoas, a de Ouro Preto, partem do material impresso e evoluem para a Internet como apoio e aperfeiçoam a tutoria, a interação. Na medida em que avança a Internet, ela passa a ser mais utilizada principalmente para a interação, para a tutoria, para o apoio ao aluno. Entre as instituições privadas, a pioneira foi a AIEC – Associação Internacional de Educação Continuada - de Brasília com o curso de Administração e a PUC-RS com o de Engenharia Química.
O curso de Administração a distância da AIEC tem metodologia semi-presencial, isto é, o aluno realiza atividades a distância e atividades presenciais, tanto via rede como em sala de aula.  As turmas são compostas por até 50 alunos, que se reúnem periodicamente sob a orientação do tutor, para discutir casos ou realizar atividades práticas. Nessas reuniões, o tutor atua como moderador e como facilitador das discussões. Cada aluno participa de um pequeno grupo. Os grupos são importantes para a execução de trabalhos de forma cooperativa com os colegas e também para que o aluno não se sinta isolado. A interação se faz por e-mail, fórum, chat ou telefone, visando debater os temas do conteúdo, preparar os casos para discussão ou auxiliar o colega nas possíveis dúvidas. O conteúdo das disciplinas é disponibilizado na rede, por meio de um gerenciador específico, juntamente com as orientações para o bom rendimento no estudo. Cada disciplina é dividida em unidades de ensino que apresentam os textos básicos, leituras adicionais e casos. Os textos básicos são preparados para o estudo individual, com ilustrações, hotwords e links para outras páginas. Enquanto estuda, o aluno pode testar sua compreensão por meio de exercícios corrigidos imediatamente, anotar seus comentários e elaborar resumos em espaço reservado para isso. A aprendizagem de cada aluno é avaliada a partir do resultado das provas presenciais e da participação nas discussões e trabalhos nos grandes e pequenos grupos. Durante todo o período de curso, o Tutor da turma estará fazendo o acompanhamento e a orientação da vida acadêmica do aluno e analisando seu perfil para fins de estágios e emprego.
Merece destaque o avanço da Unisul, em Santa Catarina, na implantação de cursos que utilizam o material impresso como suporte e a Internet para interação. Também estão evoluindo bastante o Senai, o Sesi e o Senac na oferta de cursos a distância, apoiando-se em material impresso, Internet e algumas vídeo ou teleconferências. A dificuldade maior é conseguir atingir uma gestão ágil e coordenada dentro e entre as instituições

Avanços e problemas em EAD

Avanços e problemas em EAD
Há avanços significativos. Diante das dificuldades em atender a milhares de pessoas sem formação adequada, o Governo vem aderindo e incentivando ações a distância. Ao assumir o governo a Universidade Aberta a Distância - idéia antiga que nunca vingou no Brasil e que agora renasce não como uma universidade própria, mas como apoio às iniciativas das universidades públicas na formação de professores e na interação entre empresas e universidades para formação profissional - entra o Brasil numa etapa de amadurecimento da Educação a Distância, de legitimação e de consolidação das instituições competentes. Os recursos econômicos da Secretaria de Educação a Distância -SEED são importantes para que as universidades públicas superem as dificuldades internas de gestão e atuem em conjunto para atender às especificações das licitações do MEC. Constato que muitas universidades estão se capacitando para atuar, estão buscando responder rapidamente às demandas oficiais. É importante garantir recursos não só para a produção de materiais para novos cursos, mas também para a sua implementação e continuidade posterior.
Apesar do preconceito ainda existente, hoje há muito mais compreensão de que a EAD é fundamental para o país. Temos mais de 200 instituições de ensino superior atuando de alguma forma em EAD. O crescimento exponencial dos últimos anos é um indicador sólido de que a EAD é mais aceita do que antes. Mas ainda é vista como um caminho para ações de impacto ou supletivas. É vista como uma forma de atingir quem está no interior, quem tem poucos recursos econômicos, quem não pode freqüentar uma instituição presencial ou para atingir rapidamente metas de grande impacto.
O Brasil passou da fase importadora de modelos, para a consolidação de modelos adaptados à nossa realidade. Os cursos por tele-aulas tornam a EAD menos “distante” dos presenciais, porque ampliam e multiplicam a aula ao vivo e isso diminui a sensação de individualismo e solidão que muitos alunos sentem em cursos só baseados em conteúdos impressos ou na WEB.
Há cursos baseados em colaboração, em participação real e grupal na aprendizagem. O foco em projetos colaborativos também se desenvolve com rapidez e traz um dinamismo novo para a EAD. Outros se apóiam em cases, em análise de situações concretas, o que lhes confere uma ligação grande com o mercado e com uma pedagogia participativa.
Já foi apontado antes que nos cursos de grande número de alunos costuma diminuir a qualidade, as exigências de capacitação da equipe pedagógica, principalmente tutoria. Em alguns cursos de tele-aulas, o acesso à Internet é importante para a pesquisa, a realização e o envio de atividades. Em alguns estados, esse acesso à Internet é muito mais complicado e não há computadores suficientes para os alunos, nos encontros presenciais. E os alunos em cidades grandes dificilmente voltam para o pólo local, depois das tele-aulas, para fazer pesquisa e atividades on-line. Em um desses sistemas de tele-aulas um coordenador me disse que em alguns estados o índice dos alunos que acessavam à Internet em alguns estados não chegava ao cinqüenta por cento. Como o curso exigia esse acesso, significa que metade dos alunos deixava de realizar atividades importantes de aprendizagem e eram aprovados. Assim como no presencial, em alguns pólos locais, tenho observado bastantes alunos fora da sala de aula, que marcam a presença e depois saem durante as tele-aulas. Por outro lado, prestar atenção durante duas horas em um monitor de 29 polegadas para uma sala grande, não é fácil (esse problema fica amenizado quando há na sala um projetor multimídia com projeção em tela grande).
As instituições estão aprendendo rapidamente a fazer EAD e isso é uma grande vantagem. Queimamos etapas, aprendemos fazendo. Mas os modelos costumam caminhar para uma certa simplificação, um nível de exigência menor que o inicial, diante de demandas grandes. A avaliação presencial tende a ser feita na forma de prova, em geral de múltipla escolha, o que levanta dúvidas se esse instrumento é eficaz para verificar a aprendizagem significativa. O argumento de alguns responsáveis por EAD é que no presencial também acontece a banalização do ensino e que é difícil avaliar milhares de alunos simultaneamente com provas dissertativas. As críticas ao presencial mal feito não eximem a EAD de tentar formas de avaliação mais formativas do que somativas e conteudísticas.
Quando se critica o nível de exigência ao aluno em alguns cursos de EAD, apresentam-se pesquisas de grau de satisfação dos alunos, em geral alto. Considero importante esse feedback de satisfação dos alunos. Tenho eu feito com freqüência esse contato com alunos em diversos estados brasileiros e constato que para muitos deles a EAD é um grande caminho de inclusão e de crescimento. Aumenta a sua auto-estima e isso é muito importante. Tenho, porém, dúvidas de se o aluno se torna um pesquisador, se caminha para a autonomia intelectual (essa mesma dúvida tenho em relação a muitos cursos presenciais). O material didático em EAD é muito desigual. Algumas instituições, como o Cederj, têm um processo de produção bastante rigoroso, enquanto outras oferecem aos alunos um material barato impresso, com pouca interação ou é disponibilizado na WEB para muitos alunos sem acesso regular à rede.
É comum também a confusão dos alunos, principalmente nos cursos de especialização, com certos nomes de autores de conteúdo famosos, que são apresentados para os alunos como participantes da equipe de gestão do curso, quando, na prática, esses autores costumam só participar na fase da elaboração do conteúdo ou na gravação de algum vídeo pontual.  Há muito marketing em alguns campos, que beira a propaganda enganosa.
Algumas universidades, principalmente públicas, têm uma dificuldade grande de gerenciar seus cursos, pessoas e recursos em EAD. Em duas universidades grandes, como avaliador, encontrei cursos de especialização funcionando sem que os diversos responsáveis e grupos se conhecessem e, muito menos, interagissem dentro da mesma universidade. Utilizavam plataformas diferentes, pessoas em funções semelhantes, duplicadas. Cursos como esses surgiram de iniciativas individuais, isoladas, dentro de departamentos, sem um planejamento institucional.
Outro grande problema, principalmente das públicas, é a continuidade da gestão. Muitas iniciativas perdem força quando o responsável pela iniciativa se aposenta ou se afasta. Alguns cursos são oferecidos esporadicamente, sem continuidade, o que impede um crescimento significativo.
Precisa, na EAD como no presencial, conciliar duas dimensões contraditórias, em parte: participação, descentralização de decisões, flexibilidade na gestão com comando, liderança, visão estratégica. Em universidades grandes, principalmente de gestão pública, a quantidade de instâncias intermediárias (Conselhos representativos em vários níveis hierárquicos), de um lado, garante uma maior participação dos vários segmentos representados, mas, na prática, se tornam fins em si mesmos, não possuem visão de conjunto, privilegiam seus grupos de apoio e retardam decisões estratégicas. Em universidades com forte liderança de gestão, as decisões são mais rápidas, se avança mais rapidamente, mas costumam ser tomadas sem real consenso, sem consulta verdadeira e levando em conta mais as questões administrativo-financeiras do que as inovações didáticas necessárias.

 

Mudanças que a educação presencial conectada está provocando na educação a distância

Mudanças que a educação presencial conectada está provocando na educação a distânciaA combinação de tecnologias em rede e inovações no ensino presencial estão modificando as formas de organização da educação a distância. Até pouco tempo atrás o importante era o conteúdo. Toda a ênfase era dada  ao design dos materiais, para que fossem auto-instrucionais, para que o aluno, sozinho, conseguisse acompanhar e se motivar para continuar aprendendo.
Agora muitos cursos de EAD estão percebendo que o material sozinho não é suficiente para a maior parte dos alunos. Bons materiais auto-explicativos, mesmo feitos com multimídia, não costumam ser suficientes para que os alunos se motivem, aprendam, a longo prazo. Em cursos de longa duração e com alunos jovens, a interação é cada vez mais importante: a assessoria, a tutoria, ter alguém por perto, a participação em grupo, o sentimento de pertença a um grupo é fundamental.
Hoje há uma revalorização do contato, do estarmos juntos, dos momentos presenciais significativos, porque isso contribui para diminuir o índice tradicional de evasão. Quanto mais interação, atenção ao aluno, menor é a desistência.
A EAD on-line está permitindo a combinação de ter professores perto do aluno (presenciais), professores que orientam pela Internet (professores-assistentes) e professores autores, professores com maior experiência, responsáveis por todo o processo, e que, direta ou indiretamente, atingem a centenas ou milhares de alunos, quando antes só podiam, no presencial, fazê-lo com grupos restritos.
            São muitos os cursos que destacam a importância da interação com o aluno como elemento fundamental do sucesso de um curso a distância. Destaco este de Bioquímica da Unicamp:
“Ainda que geograficamente distantes, os alunos não se sentiram isolados e/ou desamparados. O intenso diálogo estabelecido foi a principal variável que contribuiu para este resultado. Declarações dos alunos sobre as interações (estabelecimento de diálogo) fortalecem essas conclusões.”
Além da interação on-line, os cursos a distância estão redescobrindo a importância de, quando possível, os alunos se conhecerem também presencialmente. É freqüente a organização de semanas presenciais, no começo e no fim de um módulo ou de um curso.
A EAD está aprendendo também com os novos cursos presenciais a  importância de que o aluno pesquise, sozinho e em grupo, o que é importante. O texto serve como guia, como ponto de partida, mas a pesquisa é um componente fundamental da aprendizagem a distância. A Internet facilita muito as possibilidades da pesquisa, de encontrar materiais significativos, embora, esta mesma quantidade complica a escolha do que é mais relevante. Os textos impressos são rígidos, difíceis de atualizar pelo custo da impressão. Com a Internet, a possibilidade de atualização é imediata e barata. Isso permite combinar materiais programados, impressos com atualizações on-line, constantes. Isso está trazendo um dinamismo inédito para a EAD, uma possibilidade de competir, pela primeira vez, com o presencial na oferta de condições para o aluno acessar materiais atualizados. Antes os materiais de EAD estavam melhor planejados, mas ficavam rapidamente desatualizados. Hoje, não mais.
A EAD atual, com o avanço dos cursos on-line, está podendo desenvolver estratégias variadas de aprendizagem: Hoje há muitos jogos on-line, principalmente em cursos ligados a empresas, como forma de experimentar situações possíveis na vida profissional, unindo o lúdico e a simulação de experiências diferentes. Há uma combinação maior de estratégias individuais e grupais, de atividades programadas, previstas e outras adaptadas aos grupos específicos. Hoje existem cursos com alunos em vários países, ou que permitem o seu acompanhamento on-line mesmo em deslocamento constante pelo país ou pelo exterior. Isto é novo, é algo que as tecnologias o permitem agora, e que antes seria muito mais caro e precário.
A EAD atual, com a Internet, está podendo diversificar as formas de avaliação. Pode combinar momentos de avaliação a distância com os presenciais, de avaliação do conteúdo e do processo, das atividades individuais e grupais, da construção individual (pesquisa, portfólio) com a coletiva. Isso é novo e até há pouco, sem a Internet, seria muito mais difícil de realizar e gerenciar

sábado, 27 de agosto de 2011

Um milhão de alunos a distância – MEC

O Brasil terá até o final do ano cerca de um milhão de estudantes universitários matriculados em cursos à distância. A previsão é de Hélio Chave Filho, diretor de Regulação e Supervisão da Educação à Distância do Ministério da Educação, durante debate na Universidade de São Paulo.
Segundo o representante do órgão,atualmente o país contabiliza aproximadamente 870 mil estudantes nesta modalidade de ensino.
O número total de alunos matrculados será divulgado no Censo da Educação Superior, previsto para ser apresentado ainda este ano.

Educação a Distância - Brasil Escola

Com a informatização e as facilidades que a mesma proporciona para nossas vidas, tornou-se muito comum as
discussões sobre a educação a distância.
Porém, essa não é a forma de ensino da atualidade, mas existente desde o século XVIII, segundo alguns
pesquisadores.
A educação a distância foi um grande passo para a democratização do conhecimento intelectual,
oportunizando o acesso ao ensino de forma mais fácil.
Seu início foi marcado no século XVIII, quando um jornal dos Estados Unidos enviava as matérias anexadas ao
mesmo. Porém, existem controvérsias sobre o surgimento da mesma, pois alguns pesquisadores relatam que
seu início foi em 1881, pela Universidade de Chicago, através do curso de língua hebraica, e outros consideram
seu surgimento em 1890, na Alemanha, ambos por correspondência.
No Brasil, o ensino a distância apareceu somente nos anos sessenta, as aulas eram transmitidas por rádio, com
algum material impresso.
O Instituto Universal Brasileiro e o Instituto Monitor foram os maiores responsáveis pelo ensino a distância no
Brasil, com uma gama maior de cursos, como técnico em eletrônica, secretária, técnico em contabilidade
dentre outros.
Tivemos também os cursos supletivos, que tiveram grande aceitação da população que optou por essa
formação.
A informatização aumentou significativamente
a formação acadêmica
Em 1986, com a Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional, o Brasil deu um grande salto na educação a
distância, pois nesse período constituíram-se os primeiros cursos superiores, já regulamentados pelo Ministério
da Educação.
O EAD tem crescido muito no Brasil, em razão da era da informatização e as facilidades que essa proporciona,
e entre 2004 e 2005 o aumento se deu em torno dos 32%, com aproximadamente duzentos e quinze cursos
reconhecidos pelo MEC.
É importante que esses cursos contem com profissionais bem qualificados, além de boa estruturação de suas
grades curriculares, bibliotecas, canais de comunicação, salas de aula virtual, a fim de atender os interesses
do público, sanar suas dificuldades, dando condições de boa formação, com níveis de exigência que os faça
cursar de forma séria e comprometida.
É claro que existem ainda cursos que só podem ser feitos de forma presencial, mas os que não necessitam da
presença de forma integral têm perfeitas condições de oferecer formação de qualidade.
Temos visto uma forte valorização dos cursos a distância no mercado de trabalho, pois as grandes empresas
têm acreditado que o aluno que consegue se formar à distância tem muito mais compromisso, levando com
mais seriedade seus estudos e o seu lado profissional.
Educação a Distância - Brasil Escola Page 1 of 2
http://www.brasilescola.com/imprimir/332/ 27/8/2011
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
Educação
- Brasil EscolaURL: http://www.brasilescola.com/educacao/educacao-distancia.htm

Educação a Distância

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O que é a Rede Nacional de EAD

Criada em 2005 pela Senasp/MJ em parceria com a Academia Nacional de Polícia a Rede Nacional de Educação a Distância é uma escola virtual destinada aos profissionais de segurança pública no Brasil, que tem como objetivo viabilizar o acesso dos profissionais destes profissionais aos processos de aprendizagem, independentemente das limitações geográficas e sociais existentes.
Com a implementação da Rede, iniciou-se novo paradigma, em que a Senasp passou a exercer o papel de efetivo órgão condutor dos processos de educação em segurança pública, promovendo a articulação das Academias, Escolas e Centros de Formação e Aperfeiçoamento dos Operadores de Segurança Pública, obviamente em um quadro de respeito aos princípios federativos.
Para ler mais a respeito entre no site Ministério da Justiça do Brasil

Seja bem vindo

Este é o Blog do JMondoni que entrou no ar em 19/08/2011